terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

"Os quatro pilares da educação" aplicados ao trânsito


28 DE FEV DE 2011

“Os Quatro Pilares da Educação” aplicado ao trânsito


No texto “Os quatro pilares da Educação”, consta que:

"A educação deve organizar-se em torno de quatro aprendizagens fundamentais que, ao longo de toda a vida, serão de algum modo para cada indivíduo, os pilares do conhecimento: aprender a conhecer, isto é adquirir os instrumentos da compreensão; aprender a fazer, para poder agir sobre o meio envolvente; aprender a viver juntos, a fim de participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas; finalmente aprender a ser, via essencial que integra as três precedentes."

(UNESCO, 1996, p. 84 a 97, disponível em
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000009.pdf - Acesso em 28/02/2011)

Essas aprendizagens podem ser aplicadas à educação para o trânsito.

Aprender a conhecer 

- A senhora estava sem cinto de segurança, dona Maria?

- Sim, mas estava no banco de trás, os da frente estavam usando cinto.

- Se a senhora estivesse com o cinto de segurança não teria batido a sua cabeça no ombro do seu marido e ele não teria batido a cabeça no vidro. 

- Desculpa, mas eu não sabia que precisava usar o cinto de segurança no bando de trás, achava que o banco protegia.

Não resta dúvida de que precisamos de conhecimento para transitar com segurança. É necessário conhecer as leis de trânsito, os riscos, a importância de atitudes seguras, saudáveis e éticas. Aprender a conhecer consiste em ulizar a aprendizagem para a construção desses conhecimentos, bem como tornar essa construção agradável e prazerosa. É preciso “aprender a aprender” e interiorizar as informações. Os exercícios de atenção, de memória e de pensamento, praticados no contexto escolar, são imprescindíveis na educação para o trânsito. Ao aprimorarmos a capacidade de atenção e de memória das pessoas, estaremos também contribuindo para a segurança no trânsito, já que uma das principais causas da violência viária é a falta de atenção. Um segundo de desatenção no trânsito pode ser fatal. Muitas vezes a falta de atenção, a facilidade de se distrair no volante, ou mesmo transitando a pé, são hábitos que precisam ser trabalhados com mais ênfase. É fundamental aprender a observar o que nos rodeia, perceber os obstáculos no trânsito, prever e entender as atitudes dos outros que estão compartilhando conosco esse espaço, procurar sempre “ver e ser visto”. Isso faz parte da prática da direção defensiva, isso é conhecer, entender e compreender o trânsito e as pessoas que fazem parte dele. 

Aprender a fazer:



O conhecimento em trânsito exige aperfeiçoamento contínuo. A oferta de novas tecnologias e de cursos específicos nas áreas de trânsito são fundamentais para a qualificação dos profissionais atuantes na gestão, educação, legislação, engenharia, psicologia e outras funções referentes à organização e administração do trãnsito. O progresso, o aumento da frota de veículos, as dificuldades na mobilidade urbana e a violência no trânsito, exigem, a cada dia, profissionais mais qualificados para os cargos na área de trânsito. A sociedade cobra os resultados, não basta fazer, é preciso fazer com qualidade.

"Se juntarmos a estas novas exigências a busca de um compromisso pessoal do trabalhador, considerado como agente de mudança, torna-se evidente que as qualidades muito subjetivas, inatas ou adquiridas, muitas vezes denominadas “saber-ser” pelos dirigentes empresariais, se juntam ao saber e ao saber-fazer para compor a competência exigida — o que mostra bem a ligação que a educação deve manter, como aliás sublinhou a Comissão, entre os diversos aspectos da aprendizagem. Qualidades como a capacidade de comunicar, de trabalhar com os outros, de gerir e de resolver conflitos, tornam-se cada vez mais importantes. E esta tendência torna-se ainda mais forte, devido ao desenvolvimento do setor de serviços." (UNESCO, 1996, p. 84) 

Aprender a viver juntos, aprender a viver com os outros 

- Não suporto encontrar com mulher dirigindo, são umas tartarugas.

- Também não gosto, outro dia quase bati na traseira de um carro dirigido por mulher. - Bem que dizem que “Mulher no volante é perigo constante”. 

- Devia ter um lugar só pra elas no trânsito.

Conforme a (UNESCO, 1996), aprender a conviver representa, atualmente, um dos maiores desafios da educação. O mundo atual tem sido muito violento. A humanidade tem uma história de conflitos, mas há elementos novos que acentuam o perigo e o potencial de autodestruição criado pelo homem no decorrer do século XX. O trânsito é um exemplo da citação acima. A violência tem sido constante nas rodovias, os veículos, criados pela humanidade, representam um perigo com potencial de autodestruição. É fundamental trabalhar a convivência pacífica desde criança. Muitas pessoas têm a tendência de supervalorizar as suas qualidades e as do grupo a que pertencem, costumam alimentar preconceitos desfavoráveis em relação aos outros, têm tendência de dar prioridade ao espírito de competição e ao sucesso individual. (UNESCO, 1996) A inversão dos valores que resulta no preconceito, na competição e no individualismo, reflete no trânsito, um ambiente social e democrático. A conseqüência desse reflexo é a violência viária. Segundo a (UNESCO, 1996), para resolver esses conflitos a educação deve utilizar dois caminhos complementares. Num primeiro plano, a descoberta progressiva do outro. Num segundo plano, e ao longo de toda a vida, a participação em projetos comuns.

"A educação tem por missão, por um lado, transmitir conhecimentos sobre a diversidade da espécie humana e, por outro, levar as pessoas a tomar consciência das semelhanças e da interdependência entre todos os seres humanos do planeta. Passando à descoberta do outro, necessariamente, pela descoberta de si mesmo..." (UNESCO, 1996)

Só assim poderão, realmente, colocar-se no lugar dos outros e compreender as suas reações. No trânsito, a habilidade de colocar-se no lugar do outro é imprescindível, esta capacidade certamente resolveria muitos conflitos e evitaria muita violência.

Aprender a ser 

- Que festa cara! Muito massa, bebemos todas! 

- Eu também, to doidão. Dá a chave que eu levo o carro. 

- É melhor pegar um táxi, cara. 

- Vai afrouxar agora, nem parece que é da nossa turma. 

- Tá bom, vamos nessa! 

A situação acima é comum entre os jovens e tem sido a causa de muitas mortes e feridos no trânsito. A falta de autonomia, de determinação, de ética. A educação deve contemplar corpo e alma, abrangendo a inteligência, as emoções, o sentido estético, a responsabilidade pessoal e coletiva, a espiritualidade, a ética. É preciso desenvolver nas pessoas a autonomia, a capacidade crítica e a determinação, para que possa estabelecer os seus próprios juízos de valor, de modo a poder decidir, por si mesmo, como agir nas diferentes situações da vida. (UNESCO, 1996) 

"Mais do que nunca a educação parece ter, como papel essencial, conferir a todos os seres humanos a liberdade de pensamento, discernimento, sentimentos e imaginação de que necessitam para desenvolver os seus talentos e permanecerem, tanto quanto possível, donos do seu próprio destino." (UNESCO, 1996) 

Corpo é o que eu tenho e espírito é o que eu sou. Quando as pessoas que convivem no trânsito forem educadas de “corpo e alma”, a realidade será outra. No convíveo diário nas vias, são necessários cidadãos equilibrados emocionalmente, responsáveis, compreensivos, respeitosos e autônomos. Temos que educar para isso, a dimuição da violência viária será uma consequência.

"Irene Rios"

Postado por Irene Rios

Fonte: http://educacaoparaotransitocomqualidade.blogspot.com.br/2011/02/os-quatro-pilares-da-educacao-aplicado.html

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

A "Poluição automotiva" e a "Violência Social"

A “POLUIÇÃO AUTOMOTIVA” e a “VIOLÊNCIA SOCIAL” (você sabe a relação?)...


20/02/2017 por ACésarVeiga


Este tema intrincado é tratado por muitos, como aquela “canção infantil” relacionada ao Papai Noel...

...e isto norteia a sociedade a um lugar cada vez mais distante do “bem estar” social urbano.
(e tudo isso atuado no alto de uma extensa “corda bamba”)

Todos deveriam saber que a poluição planetária tem na mobilidade urbana “um” dos seus principais alicerces, “manchando” desta maneira o cotidiano com tom particularmente virulento e desafiador quando não é encarado responsavelmente.
(o desinteresse tocante ao assunto é conhecido como o “veneno dos envenenadores”)

Dizem que a sobrevivência da nossa espécie depende das escolhas de uma única geração...
...mas espero que não sejamos a decisiva, apesar de atuarmos no individualismo e desconsiderar que igualmente somos a maior ameaça ao futuro de nós mesmos.
(semelhantes à família cujos componentes passam tanto tempo juntos, que esquecem da profundidade do “elo” que os une)

A Ciência e seus estudos comprovam que pelos escapamentos automotivos ocorre o “escapulir” de um  número imenso de substância que no “acanhado tempo” alcançam concreta altitude na atmosfera.
Agrupam-se e passam a constituir uma espessa camada gasosa que provoca o aprisionamento do calor,
fornecido pelo ambiente urbano.
(isto é o “efeito estufa”)

OBS: a origem do calor fornecido pelo ambiente urbano pode ser:
- asfalto, concreto, telhas, solo etc

Com o aprisionamento este calor não se propaga e tende a ficar acumulado, “bem junto” a nós, aumentando a temperatura local.
(a este fenômeno damos o nome de “aquecimento global”, que é exageradamente mal entendido nesta fatigante vida humana no cotidiano)

Mas vou tentar remover essas “teias de aranha da desinformação” e com atrevimento farei analogias…

No inverno, quanto mais “cobertores” usa para se cobrir, mais aquecido você fica.
(dúvidas até aqui?)

Bem, o calor que seu corpo irradia, fica aprisionado por debaixo das cobertas e assim não é dissipado/perdido.
(não vai para o ambiente e permanece bem ali, “com” você)

As “cobertores” simbolizam o papel dos gases emitidos pela poluição que ficam acumulados na atmosfera, e “você” é a fonte emissora de calor, isto é, representa o que é gerado pelo ambiente.

Estou tentando uma conversa em linguagem do cotidiano para que “você aprendiz do assunto” possa navegar sem medo.
(idêntico ao viajante em terras conhecidas)

Dizem os estudiosos, – e isto deveria ser discutido de maneira mais rigorosa -, que o aumento da temperatura em determinado ambiente local, favorece como consequência todos os tipos de violência.
(creio não ter que ser um guru carismático para concordar)

Isto representa o nascedouro de violências que podem ser tanto pessoais (crimes), como as interpessoais (guerras)…
...tendo potencial até mesmo para causar alterações nos governos e queda de civilizações.
(seria boa ou má notícia para a política nacional? - política que a cada dia aumenta a reputação da “completa falta de escrúpulos”)

Há confirmações de que o aumento de 2,0 °C - dois graus Celsius -, previsto para as próximas décadas, pode originar um crescimento de até 50% no número de guerras civis.
Mas a sociedade continua supermotivada unicamente por determinada combinação de cumplicidade, chantagem e desordem social.
(desta forma resolvemos fingir que o erro está certo e insistimos em desconsiderar as informações)

O cidadão – na maioria -, não sustenta carinho com este tema…
…e continua a “ir a pé” pela atitude covarde de não assumir o problema.
(por vezes penso que a origem é a falta de valores coletivos)

Cito alguns exemplos de situações ocorridas que sob esse aspecto fantasmagórico estão diretamente relacionadas à alteração climática:

– Ataques internos que ocorreram em períodos de secas na Índia;

– Confrontos étnicos na Europa;

– Guerras civis na África e outros.

OBS: isso deveria originar inquietude no cidadão, pois ninguém aparentemente consegue explicar completamente como essas disputas acontecem.
(mas agora você pelo menos pode saber onde fica o “norte” dos motivos)

E no passado?!

Bem, o fim da civilização “Maia” pode estar ligado à determinada seca prolongada, assim como o término da dinastia “Tang” na China também.
(para estas e outras conclusões não descritas, houve estudos envolvendo 190 pesquisadores que analisaram o período compreendido entre 8000 a.C. - antes de Cristo -, e o atual momento)

Mas como nossa ignorância a respeito obscureceu a verdade, chegamos ao ponto de dizer que todas estas “crueldades” são culpa da natureza.
(oferto a essa conclusão um muro de silêncio e de desprezo)

Mas a mudança climática não é parceira da “alienação da realidade” e para tanto concedo destaque para duas outras possibilidades:

1ª) Hostilidade: Quando é mais quente - temperaturas mais elevadas -, a “neurofisiologia” - funcionamento do sistema nervoso -, nos predispõe para a violência.

2ª) Econômica: Nos países muito agrícolas o “calor” ou as “inundações” podem arruinar a colheita e gerar o desespero que levam à violência.
(isto não é premonição e nem impressão enganosa. É constatação)

No futuro a escassez de recursos ligados às mudanças climáticas certamente originarão mais conflitos,
acarretando perdas cada vez mais pesadas a sociedade.

Veja que já presenciamos a migração de pessoas forçadas a deixar o seu “habitat” devido à seca,
a ideologias e à fome…
… e de maneira não tão profética ficamos sabendo que em muitas regiões os “refugiados” encontram hostilidade e violência por parte dos habitantes das terras em que chegam.
(a mídia nos inunda diariamente com informações e imagens sobre isto)

Muitos afirmam que a semente de tal “armagedom” seguramente tem entre suas origens os meios de locomoção humana moderno.
(como automóveis, caminhões, motos etc)

OBS: a palavra “armagedom” acabou virando sinônimo de fim dos tempos no vocabulário atual; sinônimo de grandes eventos catastróficos.

A poluição ocasionada pelos veículos como já mencionamos afeta o clima, que afeta o ciclo da água.
(isto é, fica chovendo mais em alguns locais e menos em outros!)

OBS: preste bem a atenção: O CICLO da ÁGUA é também AFETADO pela POLUIÇÃO AUTOMOTIVA.

Já ouviram falar das “Guerras pela água”?

Dizem os mais otimistas que as guerras no próximo século acontecerão também por causa da água…
…e acontecerão principalmente pela sua falta.
(as questões que nos dividem como cidadãos, famílias, religiões e nações, atingirão proporções esmagadoras – e as escolhas serão mais difíceis do que nunca)

O Brasil é uma exceção entre os países em desenvolvimento…
(detemos invejáveis 13,7% de toda a água doce disponível no planeta e isso certamente incentivará uma divisão global da água)

No futuro essa divisão também poderá estimular conflitos e hostilidade entre os países que têm água – Brasil -, e os países incomodados por não terem – os demais.

Está claro que à medida que a água se torna mais valiosa os riscos de conflitos futuros em relação às suas fontes aumentarão.
(então não esperem que a lucidez venha a surgir originada do sofrimento – a “famigerada” teoria do inconsequente)

Que tenhamos “sim”, a responsabilidade de criar maneiras mais sensatas de soluções, e que assim possamos deixar de colorir de preto o nosso ambiente.

A sociedade deve decidir urgentemente entre o convívio consciente ou...
...pela provável extinção humana - originada pelo uso de atitudes irresponsáveis e individualistas.
(tomar conhecimento dos problemas ambientais pode ser simplesmente um lugar para começar)

Somos capazes de “sonhar” os mais belos sonhos e da mesma forma também “abrigar” os mais escuros pesadelos.
(e o leitor há de saber quão muito fundamento há nesta afirmativa)

Agimos tal qual o “Band-Aid” - com soluções rápidas para uma crise que é concretamente mais profunda.
(estas ações servem exclusivamente para salvar vidas em curto prazo)

Sabemos que a verdadeira harmonia social é mais do que a simples ausência de disputas;
ela é como o “entendimento duradouro” que ocorre tanto no coração como na mente de cada indivíduo.
(e continuamente acontece bem antes de realizar-se entre o cidadão e a sociedade)

Tomara que tenha usado argumentos indiscutíveis!

"ACésarVeiga"

Fonte: https://www.perguntadealuno.com.br/single-post/a-poluicao-automotiva-e-a-violencia-social