domingo, 23 de abril de 2017

ACIDENTES OU IMPRUDÊNCIA?


23 de abril de 2016 às 12:29

Todo o dia é quase a mesma coisa...
A vida acorda
e com “adaga” na mão,
lança o convite para um combate de vida e morte.

E como sempre
acreditamos que a intuição fará milagres.
Mesmo para o “condutor novato” mais desajeitado,
o problema assim definido,
por vezes simplifica-se.

E para aqueles “condutores” que já circularam o Sol,
um número significativo de vezes,
eis uma questão cuja resposta
só é fundada na sua experiência particular.

E assim o ato de dirigir perigosamente,
com falta de moderação, de precaução ou de cuidados de alguns...
...realmente torna o “assunto”,
um lugar interessante de visitar.

Mas,
como qualquer analogia,
é muito fácil ir longe demais com ela.
Então lá vamos nós!
Se você conduz um veículo embriagado - por etanol ou outra droga -,
se você não respeita os limites de velocidade das vias,
se você fala ao celular enquanto dirige,
se você não respeita as normas de trânsito – só para indicar algumas atitudes infelizes -,
e provoca colisões diversas...
... Isto será acidente?

Por vezes a mobilidade urbana tem a sua própria gramática,
e a leitura de suas entrelinhas revela toda uma falsa história...
... e a revisão desses conceitos nos lança a uma “coisa medonha”.
É a constatação de que estamos com um discurso “mais simples”,
em relação a esta questão,
e também “mais mortal”.

Percebo que a razão de nossa cegueira não está clara,
e que “ela” mal pode ser entendida
em nossa maçante vida humana cotidiana.
Estamos totalmente desprovidos de energia vital,
ímpeto, iniciativa, motivação, apetite moral, afeto
ou desejo de ética...
... estamos tão “sem” substâncias quanto fantasmas,
e tão passivos como zumbis.

Somos vulcões extintos!
A “Educação para o Trânsito”,
está sendo executada de forma tediosa e enganosamente simples...
... A ponto dos cursos, palestras e encontros,
ofertarem ao público nada mais que o
simples “piscar”
e o constrangedor “bocejo”.
Um legítimo “fogo frio”!
Mas,
ainda que tudo pareça ótimo,
não é.

Certos educadores,
inebriados pelo entusiasmo - bem sei -,
falam de coisas que podem parecer elucidativas,
e tentam convencer
de que podemos “parar” estas transgressões viárias dos automóveis nas cidades,
simplesmente abrindo os braços como “Jesus”.
Estas palestras estão a minar o verdadeiro diagnóstico...

Enganam a si mesmos e aos outros,
ao imaginar que “fazem” alguma coisa...
Resolvem de forma constante e glamurosa,
ao insistir que seus “erros”,
estão certos.

Como acontece com a maioria das lendas urbanas,
não é exatamente a verdade que está ali.
Falta-nos conceitos e atitudes primordiais...
Conceitos de moral,
ética,
cidadania,
responsabilidade e fraternidade – para citar apenas alguns -.

Tomando somente a cidadania,
ela deve ser como aquela cidade que nunca dorme...
... viva,
24 horas por dia, 7 dias por semana!
Mas,
os problemas são imensos...
...e não ficamos somente nisso.
Posso citar a mídia oficial
que passa poucas informações para a sociedade...
...e quando as passa,
são inundadas de distorções.

E aos que poderiam ter força para agir,
muitos “deles” não querem expor as fraturas do “poder público”,
contentando-se a espreguiçar,
na doce voz do vento.
Então nós cidadãos
devemos nos dar conta de que é uma nova época...
De observadores passivos da sociedade,
devemos passar a coreógrafos ativos
com insistente obsessão...
...Isto,
para que haja a permissão de começar
a resolver nossas diferenças e
nossas dificuldades.
E assim,
vamos por à prova os nossos recursos mais profundos de razão e compaixão.

Vivemos num mundo em que a vida que tantas pessoas lutam para preservar,
é rotineiramente extinta por meio dos ditos “acidentes de trânsito”...
E como daltônicos,
andamos por ai a querer localizar morangos vermelhos nos arbustos verdes...
Escolhemos desonrar uns aos outros,
e entramos na espiral descendente de agressividade e competividade violenta...
Qualquer um pode prever que
se não aprendermos,
a falar com uma única voz para preservar nosso modo de vida,
vamos continuar a morrer de forma precoce e catastrófica...
...Não de acidentes,
mas de “ignorância”
e de “imprudência”.
...”Ser cidadão não é um título.
Ser cidadão é saber,
o que se está fazendo...”.

Fontes:
Profº ACésarVeiga

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