segunda-feira, 24 de abril de 2017

CORREDOR COLETIVO (um pacto com o sucesso?)


Sou otimista, e tenho o costume de pensar a “longo prazo”. 
(é que nasci impregnado de futuro) 

Qualquer ato que tenha como objetivo a “coletividade” não deveria jamais conhecer o prematuro repúdio do cidadão.
(uma lástima a sociedade ainda mostrar-se em descompasso neste quesito)

Sabemos que o bem social coletivo será em qualquer momento,
superior a manifestação da fácil crítica, e posto isto, deve inserir-se onde à razão reside. 
(pretexto pelo qual sou preventivo quanto aos denominados “racionais julgamentos”)

A opinião pública inicialmente repudiou o procedimento que debutou como o primeiro corredor coletivo em novembro de 2013 na cidade de Porto Alegre/RS – o da Avenida Cavalhada.
Após, alcançou continuidade no final de 2016 onde foram disponibilizados mais dois outros corredores - o da Avenida Assis Brasil e da Icaraí-Chuí.

O horário de funcionamento dos corredores, pelo menos até este momento, não é de tempo integral.
(funcionam durante a manhã das 06 horas às 09 horas, e igualmente à tarde e à noite, entre 16 horas e 20 horas) 

OBS 01: o objetivo pretende beneficiar mais de 113 mil passageiros do transporte coletivo da capital gaúcha. 

Um detalhe: 
- Nestes horários a pista não é exclusiva aos ônibus.
(lotações e bicicletas também podem utilizá-lo mostrando o quanto é difícil – mas não impossível -, o convívio viário)

Carros, táxis e outros veículos motorizados devem trafegar fora dos corredores de ônibus, rodando somente nas faixas do centro e à esquerda.
Podem acessar o corredor prioritário sempre que forem realizar uma conversão à direita, bem como se o destino for acessar algum estabelecimento comercial ou particular, localizado próximo à nova faixa prioritária.
(carros e táxis não podem, em hipótese alguma, permanecerem parados ou estacionados no corredor)

OBS 02: quem andar no local prioritário aos ônibus será autuado com uma infração gravíssima, levando sete pontos na carteira e multa de R$ 293,47

O “corredor” deseja incentivar um maior aproveitamento do transporte coletivo. 
(aliás, uma forma bem eficaz de transporte – até agora -, dentro do que existe de disponível)

Bem sabemos que é uma atitude desafiadora, principalmente por que o cidadão é refratário a qualquer tipo de mudança que remova sua “zona de conforto”.

Então, essa deve ser uma tarefa conjunta, pois existe a conscientização que nas cidades têm-se trabalhado apenas com o individualismo e a competição...
(devemos admitir que em múltiplas instâncias, fingimos ser “cidadão”)

...sendo assim, ou elaboramos projetos adequados ou passaremos o tempo porvir, fermentando a impraticabilidade do deslocamento urbano ao cidadão.

Ele - o corredor-, no sentido mais sustentável, objetiva um bem social imenso.
(devemos confiar que os “modelos” envelhecem, e que a comunidade - como tapete -, às vezes precisa ser sacudido com a aparição de algo “novo”)

Pensar em mudança também significa preservar e conservar o que é útil.
(é a famigerada “continuidade” no qual os gestores públicos em última instância ainda apresentam atitude amadora)

Devemos da mesma forma,
descontaminar o cidadão do “pessimismo”, pois isto é um enorme desserviço oferecido à sociedade...
...e incentivar que aflore a conscientização, para assim sentir pulsar a força renovadora das mudanças.

Mas arrisco transcrever algumas boas razões que os corredores coletivos poderão trazer, para que haja o desejo da “mudança”.

Eles servem para:

- Incentivar a prioridade ao transporte coletivo nos deslocamentos do cidadão nos centros urbanos.
- Diminuir o tempo do passageiro dentro do veículo.
- Permitir maior fluidez na circulação viária para os ônibus.
- Reduzir os custos do transporte público e, consequentemente, contribuir para a modicidade tarifária – que são aquelas facilmente pagáveis pelo usuário.
- Facilitar a integração com os outros modos de transporte.
- Permitir o compartilhamento de espaços na cidade, de forma justa e racional.
- Contribuir para a redução das emissões urbanas de poluentes que afetam a saúde e o clima.
- Maior regularidade e cumprimento de viagem.

Óbvio que os “corredores coletivos” originaram perguntas como:

- E o congestionamento do fluxo dos automóveis que terão seu espaço reduzido?
(respondo que são problemas existentes há tempos)

- E as possibilidades de solução?
(da mesma forma atinamos que os congestionamentos dos automóveis nas vias públicas, são filhos da modernidade e da falta de infraestrutura das cidades)

Bem, até aqui, nada de inédito consegui trazer.
(mas sei, que é muito perigoso não ter dúvidas, pois não tê-la significa que se está mal informado)

- Mas um abrandamento nesta situação não seria sensato?
(com boa vontade, até vejo uma luz no fim da escuridão)

Penso que os condutores deveriam procurar rotas alternativas para os deslocamentos,
evitando o apodrecimento desta esperança inicial...
(estarei transitando pelos empecilhos?)

E se optássemos em usar menos o automóvel, 
ou alternar a nossa locomoção pegando um transporte coletivo?
(seria um retrocesso social essa não tão inovadora ideia?)

Claro que o desejo de alguns,
é que “eu” passe a morar em uma “urna funerária”, mas...

...ao então, dar um último suspiro, quem sabe balbuciaria o que os especialistas dizem:
- O “corredor” está aprovado. 
(e desta forma aos que discordarem, desejo intimá-los a comparecer perante o julgamento da razão)

Pessoas que são “excelência no assunto” dizem que devemos priorizar o transporte coletivo pela mobilidade, visto que os estudos e o cotidiano mostraram que o tempo de viagem dos coletivos nos corredores, reduziu entre 15 e 20 minutos.

Mas os demais analistas estão ai, e questionam sobre outros empecilhos. 
(um deles é a fiscalização...)

- Estará ela, mantendo plena harmonia entre pedestres, lotações, bicicletas, coletivos e carros particulares?

E não é só isso...
...tem mais uma batata quente:

- Estará o cidadão, usuário do seu carro, aceitando a limitação do seu uso?

Bem, o sensato é ainda esperar,
não desejando que o “corredor coletivo” seja um progresso para trás!

Mas creio na verdade,
do que o responsável público não ficou parado - apesar de todas as falsas aparências -,
e que a ideia conseguirá escapar da maior de todas as prisões – a do tempo.

OBS 03: dizem alguns que são decisões tomadas às pressas e com ignorância,
e que assim teremos que arcar com resultados baseados nestes erros, que são graves e acumulados.
(a opinião é poderosa, mas também sei que está carente de informações básicas)

OBS 04: a perspectiva é de que sejam implantados mais 6 (seis) corredores na região metropolitana.
(quando? – não sabemos)

O importante é que a sociedade deseja aumentar o universo de escolhas possíveis,
desejando que haja melhoras no relacionamento do cidadão com sua cidade...
(cidades que se tornaram prisões ao ar livre)

...você é livre para fazer escolhas, mas prisioneiro das consequências!

DESABAFO: atualmente um ato corajoso que se pode cometer - e ao mesmo tempo, que oferece mais perigo -, é de escrever um texto que contenha questionamentos.

Fontes:


pergunta de aluno

Profº ACésarVeiga

Um comentário:

  1. Borgata Hotel Casino & Spa - Mapyro
    Find the best prices for Borgata Hotel Casino & Spa 경상북도 출장안마 in Atlantic City (New 남양주 출장샵 Jersey), United 고양 출장마사지 States. 진주 출장샵 No reviews yet. Hotel? Rating: 7.2/10 · ‎3,271 상주 출장마사지 votes

    ResponderExcluir